quinta-feira, 31 de maio de 2012
dia #74 - Carlos
dia #74 - helô
quarta-feira, 30 de maio de 2012
dia #73 - Carlos
dia #73 - helô
dezenas de casais adoram namorar nas estações de metrô.
me lembrei de uma colega do espanhol que dizia ter boas recordações da estação tucuruvi. cada vez que ela se lembrava de seu amor, dizia: "aaah, tucuruvi...!". tudo começou ali.
dia #72 - Carlos
terça-feira, 29 de maio de 2012
dia #72 - helô
chorei no ônibus mais uma vez, pois o que acontece com essa cinderela, está bem próximo do que aconteceu comigo antes de eu me encontrar com a fada do chega! [mas dessa vez tinha óculos escuros para disfarçar.]
indico para todas as minhas amigas, colegas, conhecidas e até para as não tão amigas.
presenteiem suas filhas e sobrinhas com este livro. é muito importante destruirmos os moldes que a sociedade impôs às mulheres. é um grito, um chega!, mas em forma de poesia, em nossa luta pela igualdade.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
dia #71 - Carlos
dia #71 - helô
observando quem passa por ele como se estivesse prestes a ser decapitado pelo relógio, anda sobre as esteiras sem pressa. chega à plataforma, vira pedra no meio do caminho e na manhã de muita gente, mas entra no trem junto com todo mundo que os ponteiros empurraram vagão adentro. senta-se, acomoda seu bornal sobre os joelhos e ouve um elogio. responde, "sim, eu quem fiz. esse bordado é o sol da minha terra". desce do vagão, sorriso no rosto, sobe as escadas alheio ao tempo, presente na vida.
domingo, 27 de maio de 2012
dia #70 - helô
dia #70 - Carlos
dia #69 - Carlos
dia #69 - helô
essa semana tem sido marcada por pequenas vitórias e muita sorte. uma cirurgia pela qual eu teria de passar, não terei mais, fiquei boa. dois textinhos que escrevi serão publicados. não teve greve do metrô no trecho que eu uso. achei o melhor alfajor do brasil [rs]. e tomei o pingado no copo americano mais chique do mundo! atravessei um pontilhão a pé e estou bem. um ônibus lotado que eu ia pegar, mas resolvi fazer uma horinha e o perdi, se envolveu em um acidente feio e um motociclista morreu. hoje mesmo, apesar de estarmos muito cansados do dia, resolvemos passear um pouco e, na marginal, havia um acidente meio grave, que não presenciamos.
coincidências, intuição e um anjo da guarda poderoso têm estado muito presentes neste momento da minha vida. quando polimos algumas arestas, parece que um canal se abre, tudo flui e nos sentimos mais confiantes de que estamos trilhando o caminho correto.
sábado, 26 de maio de 2012
dia #68 - Carlos
É a primeira vez que exibo em sala A vida é bela...
dia #68 - helô
hoje só notícias boas! há muitos mistérios entre o céu e a terra. nossa vã filosofia não sabe de nada mesmo, oxalá!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
dia #67 - helô
mãe e filha sentadas. uns 40 anos e uns 7 anos. a filha, muito vaidosa, pergunta à mãe se está bonita cada vez que mexe em seus cabelos. a mãe permanece muda, como se não a ouvisse mais. mas a menina está tão empolgada, põe o chapéu, o tira, o põe de novo, mostra os sapatos rosa e prata... ela é especial e vive em seu próprio mundo, feliz. a mãe, por sua vez, senta de lado, protegendo a filha do mundo de fora.
dia #67 - Carlos
Antes do recreio, um aluno tirou da mochila um sanduíche embrulhado num guardanapo que também servia como bilhete. Consegui ler "...a mamãe te ama". Achei singelo.
dia #66 - helô
dia #66 - Carlos
quarta-feira, 23 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
dia #65 - helô
dia #64 - Carlos
dia #64 - helô
olho milho! olho milho! e lá vem o vento brincar de trazer aquele cheiro doce que só o milho tem.
fiquei olhando o milho, namorando o milho, desdenhando o milho dos outros por 1 mês e 12 dias. hoje, realizei meu desejo e comecei minha saga “comida de rua é boa, mas mantenha a receita secreta, por favor”. O milho estava booom! próxima parada: churrasquinho de gato!
domingo, 20 de maio de 2012
dia #63 - Carlos
dia #63 - helô
dia #62 - Carlos
O dia que era para não ser foi melhor que o planejado.
sábado, 19 de maio de 2012
dia #62 - helô
sexta-feira, 18 de maio de 2012
dia #61 - helô
dia #61 - Carlos
O diálogo que a literatura argentina (não só ela, mas boa parte da literatura hispano-americana) mantém com a história, prova o quanto o passado é caro para os argentinos. É como se a literatura mantivesse as feridas do passado abertas na memória, causando desconforto, exigindo reparo e cura; principalmente as feridas provocadas num passado não tão distante. É uma literatura que tem um compromisso enorme com a história, que fala do presente, mas não permite que nos esqueçamos do passado, acabando por interferir em nosso posicionamento na construção de novas perspectivas para o futuro.
Diálogo parecido é mantido entre o cinema argentino e a história. O filme A história oficial, ganhador dos óscares de melhor filme estrangeiro e melhor roteiro original, em 1986, fala por si. Mas longe de se limitar ao cinema político, a Argentina faz um cinema, que, mesmo quando atende a demandas mercadológicas e modismos estéticos que tornem seus filmes atraentes para ingressarem nos grandes circuitos, nos convida a pensar e dialogar com o mundo que nos rodeia. Um exemplo recente é o romântico Medianeras.
Penso que esses diálogos todos entre a história e as artes refletem menos temores ao lidarmos com os temas que nos angustiam e desagradam; encorajam-nos a incluir na pauta do dia as derrotas que a maioria de nós, latino-americanos, não quer enxergar, resultando nessa felicidade incapaz de ultrapassar os noventa minutos de uma partida de futebol.
Penso que aí reside a força da arte argentina: nos diálogos possíveis entre aquilo que atormenta e transforma. Como num tango de Piazzolla, em que se atinge o limiar entre o sagrado e o profano, a angústia e o gozo sem fim.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
dia #60 - Carlos
dia #60 - helô
quarta-feira, 16 de maio de 2012
dia #59 - Carlos
dia #59 - helô
terça-feira, 15 de maio de 2012
dia #58 - Carlos
A verdade é que observando os tucanos por mais tempo, nota-se que eles chegam nessa época e saqueiam os ninhos, comem seus ovos ou os pequenos filhotes, afugentam os pais e provocam uma reação de desespero nas mães, que, ao retornarem com o alimento no bico, encontram seus ninhos vazios.
Ano que vem os tucanos voltam, assim como os ladrões de Os sete samurais.
A obviedade esconde outras formas de beleza. Treinar o olhar para elas é não se impressionar com a beleza que reside no óbvio.
dia #58 - helô
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”
segunda-feira, 14 de maio de 2012
dia #57 - Carlos
dia #57 - helô
domingo, 13 de maio de 2012
dia #56 - Carlos
"O que a gente ensina ou aprende: nomes, datas, fórmulas, isso não tem valor nenhum, isso o tempo come; mas o que a gente ensina de vida, ou aprende, isso nunca não esquece."
Acho que com isso eu começo uma nova semana e encerro a anterior, que terminou repleta de coisas para não se esquecer.
dia #56 - helô
dia #55 - Carlos
A pessoa, durante um ateliê de cinema, abandonou o auditório simplesmente por ter seu ponto de vista contestado e confrontado. Perguntei-me: como um professor pode ter tal comportamento? Como alguém que deveria lidar com a diversidade e promover debates nos quais os pontos de vista devem fluir e se contraporem, posiciona-se dessa maneira? Fiquei sem resposta e pasmado com o que vi.
Por outro lado, o professor responsável pelo ateliê era uma dessas figuras raras, com quem, infelizmente, não temos o privilégio de conviver. Alguém que respeita as falas mais ingênuas e pede licença para fazer interferências que julga necessárias. Enfim, alguém que ensina e educa pela postura e não só pelo conhecimento.
A convivência com pessoas assim nos humaniza e nos faz esquecer do embrutecimento de alguns (como o da colega que se omitiu quando poderia construir em conjunto novas perspectivas sobre um assunto); convida-nos para construir um conhecimento que está incompleto e nos lembra de nosso papel como sujeito, negando a ideia de sermos meros espectadores da batalha travada, diariamente, por um mundo melhor.
Prof. Dr. Mauro Luiz Peron, obrigado!
***
Treinar o olhar para enxergar aquilo que a cidade esconde, fez eu e a Helô encontrarmos o local ideal para conversarmos sobre o dia e a vida.
sábado, 12 de maio de 2012
dia #55 - helô
dia #54 - helô
dia #54 - Carlos
Hoje devo agradecer a humildade de um amigo que dividiu comigo suas derrotas, angústias e, também, as suas vitórias. Não há maior demonstração de confiança. Obrigado.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
dia #53 - helô
dia #53 - Carlos
A cafeteira que chia, vocifera e engasga enquanto passa o café, lança no ar o aroma, que, pouco a pouco, constrói o dia e, por mais previsível que ele possa vir a ser, ainda pode reservar alguma surpresa – não é essa expectativa que nos faz insistir na rotina ou torná-la menos penosa?
Ainda que a surpresa se faça presente, por que abrir mão do momento?
Sirvo-me de café. Xícara cheia. Abro o livro que o sono da noite passada me impediu de continuar lendo e, garanto ali, naquele instante, a surpresa que a manhã de hoje não podia assegurar que ocorreria ao longo do dia.